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O Mistério da Esfinge

A grande sabedoria oculta da esfinge, em todos os tempos, atraiu os caminhantes do sendeiro. A misteriosa escultura imponente erguida sobre as areias do deserto do Egito milenar guarda consigo segredos, chaves, que se desvendadas, abrem diante do simples homem a possibilidade de acessar ás realidades mais sublimes do espírito. 

A esfinge, como símbolo, surge em diversas culturas, sendo que a maior e mais famosa é Sesheps, situada no planalto de Gizé no banco oeste do Rio Nilo, com um pequeno templo entre suas patas. Na mitologia grega, a esfinge teria sido enviada pelos Deuses para punir um crime na cidade de Tebas, lá ela caçava os jovens da terra, devorando todos aqueles que não conseguiam resolver o seu enigma, dizendo a eles “Decifra-me ou te devoro”.

Para compreendermos o profundo significado da esfinge é necessário adentrarmos aos mistérios da natureza, aquela fora e aquela dentro de nós mesmos. Toda a natureza está composta por elementos: terra, água, fogo e ar. Tudo o que existe na natureza está composto destes 4 elementos.

Os espíritos da natureza, como ensinava Paracelso, são os elementais, ou seja, a inteligência dos elementos e de tudo o que existe na natureza. O elemento terra tem seus elementais próprios conhecidos como os gnomos e pigmeus, no elemento água palpitam as ondinas e nereidas, no fogo cintilam as salamandras do fogo e no ar encontramos os silfos e sílfides.

O homem, como não poderia deixar de ser, é também formado pelos mesmos elementos que formam a natureza exterior e possuem em sua natureza atômica esses mesmos elementos, que regem aspectos biológicos e influenciam também no aspecto psicológico. No homem, o elemento terra tem relação com os músculos e ossos, o elemento água com as águas de vida, o elemento fogo com o sangue, o elemento ar com as vias respiratórias.

No plano psicológico o elemento terra tem relação com a inércia, imobilidade, preguiça. O elemento água relaciona-se com as paixões, as emoções.

O elemento fogo com a ira e o elemento ar com a mente, os pensamentos.
A esfinge, conhecida como “O terror dos beduínos”, possui cabeça de homem e corpo de aninal.

As patas dianteiras, de boi, representam o elemento terra; as patas traseiras, de leão, simbolizam o elemento fogo. As asas de águia relacionam-se com o elemento ar e a cabeça representa o elemento água.
A esfinge elemental nos convida ao trabalho sobre nós mesmos, sobre essa natureza inferior que carregamos, representada nesses aspectos negativos dos elementos da natureza em nós mesmos, nos indicando a necessidade de um trabalho real e sério sobre essa natureza inferior para que possamos chegar a vislumbrar as grandes verdades do Espírito.

Se não nos dedicarmos a eliminar os aspectos antagônicos dos elementos que são a preguiça, as baixas paixões, os pensamentos negativos de uma mente desornada e a ira cega e descontrolada jamais teremos o direito de conhecer a Verdade.

A esfinge ameaça nos constantemente: “Decifra-me ou te devoro”. Se não trabalharmos sobre nós mesmos e não deciframos a esfinge somente nos restará sermos devorados pelos nossos próprios elementos psicológicos.
Interessantíssimo constatar que a esfinge também está representada na carta 10 do Tarot. Essa carta mostra nos a roda do mundo, da vida, dos sistemas, indicando que por essa roda se sobe e se desce, se levanta e se cai, se evoluciona e se involuciona.

No alto da roda vemos presente a imponente esfinge, nos indicando o luminoso caminho da Revolução, que somente se conquista o Homem Real através do subjugo da nossa natureza inferior e irreal, o ego.

 

 

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